6.3.13

Pardon Pour Mon Français

Bonjour, mon amis. Se alguém perguntar para você qual é o lugar onde a arte mais abunda em suas diversas formas o que você responderia? Oui, oui... a França. Na lata! O país fervilha sentimentos e expressão própria o que explica como um pedaço de terra daquele tamanho seja capaz de manifestar com tanta força suas idiossincrasias. Vai dizer que você nunca pensou como que um idioma criado para meia dúzia de gente pudesse vingar? Frânces é a língua do amor e com certeza a melhor forma de contar sobre esse abstrato sentimento devorador de homens é por intermédio de um bom e velho livro. Pois eu estava lendo uma coluna assinada pela Carol Bensimon e ela estava a contar sobre o que viu na sua última estada na região do idioma mais assoviado do velho mundo. As apontações que ela fez me chamaram alguma atenção, entre essas observações dois fatos se sobressaíram dos demais e achei que seria oportuno comentar por aqui.
O primeiro diz respeito a quem quer lançar seu próprio livro. A colunista cita uma revista no qual indica que 17% dos franceses tem em algum recôndito de suas casas um manuscrito, ou seja, um quinto, quase, do povo do país do biquinho é composto de escritores de primeira viagem. Sonhadores, divagadores. Claro que a pesquisa não deixa claro se nessa fatia encontra-se apenas os cidadãos que nunca lançaram um livro ou se engloba famosos literários e marinheiros para uma segunda viagem. Enfim, fato é que a quantidade de pessoas que escreve é alta demais. Para sobreviver a essa enchurrada é necessário esmerilhar. Mais do que fazer direito, fazer icônico. Caso contrário você vai a deriva com todos os outros. Está certo que não dá pra comparar a cidade-luz com o centro popular de São Paulo, mas o que pega é que certamente há uma proporcionalidade de qualidade também. Então incentivo a todos, e a mim, a darem mais de suas almas aos seus escritos, pois certamente é isso que está faltando por em abundância por aí: Vida. Escrevam com paixão, revisem detalhadamente inumeras vezes seu material, ponham-os a prova de leitores ferrenhos e difíceis de agradar e depois divulgue como se fosse aquela sacada engraçada de Facebook. Tá, melhor que isso, né?
O segundo ponto eu dedico para quem quer um dia viver (unicamente) da ficção: Carol retira da cartola para nosso espanto que apenas 50 romancistas da França vivem unicamente de seus direitos autorais, de sua obra. Ou obras, vai saber. Em miúdos ela expõe que alguma coisa extra o peão vai ter que saber fazer para viver, esse sonho de ser uma J. K. Rowling é muito difícil, ainda mais fora dos cercos de interesse de mídias mais glamurosas como Hollywood. Enfim, é óbvio que mais gente vive de escrever, mas raríssimas lá na França de apenas rabiscar suas historietas. Entra aí na contabilidade de sobrevivência trabalhos publicitários, aulas e oficinas e algumas saias justas de vez em quando. então jamais pense que você vai viver unicamente disso. Pode acontecer, mas não deixe seu cérebro internalizar isso antes de acontecer. Jogue na Megassena e então se aposente, meu conselho.
Termino afirmando, que se der, que quero um dia conhecer a França. Uma biblioteca para cada 200 pessoas é algo incrível e inimaginável a nível de Brasil, sem tirar seus encantos naturais. E mesmo com todos esses problemas que eles enfrentam na área de interesse de um bookaholic é dos males o menor. Petit.

Um comentário:

  1. Então, vamos à França? Hehe, preciso dizer o quanto amaria conhecer esse país, de cabo a rabo?
    Achei muito interessante, já consigo compreender que jamais irei para lá como escritora, hahahah. Mas é isso, ser um Balzac não é pra qualquer um...

    Amei o post!

    =**

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Embora possa parecer clichê de chat do Terra, tenho 1.80m, moreno e sensual, haha. Gosto muito de ler, jogar games, mexer com programação e sonho em ser um escritor reconhecido nesse país que ama um Big Brother...

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